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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

2 Meses em Hull: o balanço

Fez ontem 2 meses que cheguei a Hull.

As mudanças são difíceis, especialmente para alguém como eu que é um poço de ansiedade e que se encontrava finalmente muito feliz com a vida que tinha. Ainda assim, cheguei com muita esperança depositada nova etapa da minha vida, com vontade de abraçar todos os desafios que acarreta.

Claro que antes de vir pensei nas dificuldades, mas devo dizer que sou sempre um bocado ingénua quanto à dificuldade das coisas a que me proponho. Talvez seja por isso que tantas vezes dou passos maiores do que o pé que me fazem falhar, e em outras tantas acabe a fazer coisas loucas que nunca pensei ser capaz mas que ao resultarem me impulsionam para a frente.
Ainda não sei se vir foi um caso ou o outro.Ver tudo na vida com óculos cor de rosa é ao mesmo tempo uma maldição e uma bênção.

Mas ainda que nem tudo seja fácil por ter sido uma mudança tão grande, devo dizer que após dois meses me sinto ambientada a esta nova vida.

Sim, há dias miseráveis! Muitos dias em que me sinto mesmo burra por não conseguir fazer as coisas bem, mas se pensarmos bem... não se sentem todos os estudantes assim às vezes? 
E eu agora sou uma estudante! Como diz a minha mãe às crianças "-ser estudante é o teu trabalho!", não sou já criança mas isto continua tão válido como então...
Sim, é uma treta viver na casa em que vivo! Mas é apenas mais uma coisa que me motiva para me esforçar e voltar rápido para casa.

E depois há todas as coisas boas de Hull...

Em especial as pessoas.

Com raras excepções, são incríveis! Demorou pouco tempo para ter amigos e estar rodeada efectivamente de pessoas fantásticas, que me ajudam a sentir feliz.

Claro que toda esta novidade da descoberta não elimina as saudades, juntamente com  o Doutoramento em si são as coisas mais negativas e penso que vão ser difíceis de gerir até ao fim.

Mas de momento estou feliz e orgulhosa de mim mesma, por na minha ingenuidade face às dificuldades e optimismo incurável não escolher sempre os caminhos mais fáceis e confortáveis, mas os que me fazem crescer e tornar em cada dia um pouco mais a pessoa que sonho ser.






P.s. Como ainda não tirei fotos desde que estou em Hull, decidi pôr uma em que me sinto gira só porque eu mereço! :D

domingo, 11 de novembro de 2018

Relações à distância: uma pausa na vida ou uma maneira diferente de amar?



Quando decidi sair de Portugal sabia que estar longe do meu loiro seria  uma das coisas que mais me custaria. Mas fui muito ingénua, parti do princípio que seria fácil de gerir. Não é! Estar longe dele é horrível, sobretudo nos momentos muito bons ou muito maus.

Diariamente procuramos formas de estar mais próximos, como pequenos almoços românticos no skype, mensagens durante o dia, fotografias partilhadas, coisas que façam o outro sentir-se vivo na nossa cabeça e coração. E tudo isto que funciona nos dias em que estamos bem é muito pouco nos dias em que não estamos.

É preciso muita confiança no outro e em si mesmo para que queiramos ver o outro viver sem nós, algo de inevitável quando o plano é ficar separado mas em relação tanto tempo como o que nós temos planeado.

Sobretudo para quem fica, ver o outro construir uma "vida diferente" em que não tem presença física é duma impotência terrível. Sinto  que tenho a vida em pausa. Como se o tempo que estou aqui fosse algo que só tem de passar até estar de novo com ele. Como se fosse um intervalo daquilo que é a minha vida real. 

Eu entendo que é um intervalo de tempo em que (para bem da minha saúde mental e felicidade) me tenho de  adaptar, construir amizades, ter passatempos e actividades normais, viver para que o intervalo se torne mais curto...Ainda que nem todos os dias isto seja fácil, para mim de fazer e para ele de assistir sem poder participar.

 Procurar o equilíbrio e a presença do outro à distância é essencial, o  tempo é o inimigo...muda-nos!  Vivo com o medo de que nos mude ao ponto de que quando estejamos juntos de novo sejamos pessoas diferentes, ou de que tudo seja demais para nós como conjunto.  Eu sou tão diferente da pessoa que era há alguns anos que quando olho para o passado não me reconheço. O desafio de qualquer relação é crescer integrando o outro, mas quando em distância é um desafio tão maior...

Brigar entre casal é normal e até saudável, acho que quando se deixa de ter brigas é quando a relação morreu, quando não se quer saber... por outro lado à distância não é possível sanar as brigas da mesma maneira e no que seria um arranhão ligeiro cresce uma grande infecção...

Hoje tenho a alma da cor do céu, cinzenta!





quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Hard Luck



Hard Luck 

Ain't no use as I can see
In sittin' underneath a tree
An' growlin' that your luck is bad,
An' that your life is extry sad;
Your life ain't sadder than your neighbor's
Nor any harder are your labors;
It rains on him the same as you,
An' he has work he hates to do;
An' he gits tired an' he gits cross,
An' he has trouble with the boss;
You take his whole life, through an' through,
Why, he's no better off than you.

If whinin' brushed the clouds away
I wouldn't have a word to say;
If it made good friends out o' foes
I'd whine a bit, too, I suppose;
But when I look around an' see
A lot o' men resemblin' me,
An' see 'em sad, an' see 'em gay
With work t' do most every day,
Some full o' fun, some bent with care,
Some havin' troubles hard to bear,
I reckon, as I count my woes,
They're 'bout what everybody knows.

The day I find a man who'll say
He's never known a rainy day,
Who'll raise his right hand up an' swear
In forty years he's had no care,
Has never had a single blow,
An' never known one touch o' woe,
Has never seen a loved one die,
Has never wept or heaved a sigh,
Has never had a plan go wrong,
But allus laughed his way along;
Then I'll sit down an' start to whine
That all the hard luck here is mine. 




Poet: Edgar A. Guest 




Tese e Desafios

Eu acho que me tinha esquecido como é começar algo.  Tive o mesmo trabalho por 10 anos, aprendi imensas coisas lá, mas com o tempo habi...