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domingo, 21 de outubro de 2018

10 Coisas que mudei para que a felicidade "poise" em mim

Este fim de semana comecei a sentir-me finalmente mais como se estivesse em casa. Já não me senti tão depressiva, não andei com vontade de chorar baba e ranho o tempo todo e o meu bom humor voltou.

Para mim a felicidade não é uma coisa natural, é algo em que tenho de trabalhar para que venha até mim, assim acho que esta mudança do meu estado de ânimo não é só fruto da adaptação ou de estar cá há um mês mas de pequeninas mudanças e coisas que instituí e melhoraram a forma como me sinto.

Deixo aqui a minha lista:

1- As pessoas que conheci cá e que aos poucos se estão a tornar meus amigos. Começo a ter pessoas para ir tomar café, conversar, ir às compras, almoçar, rir... e isso faz uma grande diferença. Em ambientes diferentes devemos evitar o isolamento. Para que isto acontecesse tive de resistir à vontade de me fechar, que sinceramente é o que mais  apetece em alturas de sofrimento.

2- Comecei a cozinhar,  pois não só me distrai como me ajuda a comer comida de melhor qualidade o que afecta a minha saúde e humor. A minha gastrite nervosa também está ligeiramente melhor com a comida mais simples que faço.

3- Comecei a ir ao ginásio, e quando saio de lá estou feliz, todas aquelas endorfinas libertadas fazem milagres.

4- Encontrei formas de lidar com as saudades, através da escrita, de pequenos almoços via skype com o meu loiro, de videochamadas com a família e o cão...

5- Comecei a fazer caminhadas quando me sinto particularmente triste.

6- Estabeleci uma rotina de sono, levanto-me sempre à mesma hora e deito-me com tempo para repousar.

7- Um dos dias do fim de semana é para mim e para actividades que restabelecem o meu equilíbrio psicológico. Vou à igreja, rezo, dou tempo a mim mesma para pensar na vida e relaxar.

8- Embora não seja obrigada a isso estabeleci o meu horário de estudo como um horário de trabalho típico, ajuda-me a manter-me organizada e acabo a fazer muito mais do que se trocasse os horários a estudar de noite.

9- Vou para perto das árvores observar os esquilos, eu adoro animais e como agora não posso ter nenhum comigo ver os esquilos faz me feliz.

10- Desde que cheguei tenho problemas com um dos supervisores, julgo que ele preferia que a pessoa escolhida tivesse uma formação diferente e implica comigo constantemente, o que começou a stressar-me. Pensei em fazer uma queixa formal mas decidi primeiro tentar algumas estratégias pessoais, neste momento tenho estado com uma que está a funcionar relativamente bem. Assim, de cada vez que estou a ser injustamente chateada imagino que ele é grumpy cat, isto melhorou sem dúvida o meu humor, o único senão é que dei comigo a rir em situações em que não deveria...

Porque o cuidado connosco mesmos é a mais importante das actividades e porque ninguém sai vivo desta vida  não nos devemos levar demasiado a sério a nós mesmos e devemos fazer da felicidade e do que nos faz felizes uma actividade constante.




segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Espelho meu, espelho meu... serei ainda Eu?

No domingo estava com alguns novos amigos num cafezinho a comer o meu primeiro pequeno almoço inglês quando comecei a queixar-me muito da vida. Para ser honesta e verdadeira, tem acontecido de forma recorrente a parte do queixar-me da vida.... Uma das raparigas do grupo disse-me:

- Porque és sempre tão negativa?

Eu respondi:
-É normal, eu adorava a minha vida e agora não.

(Entretanto parei, fiquei mais ou menos comovida e acabei a olhar pela janela para o Porto e a chuva que caía.)

Ela disse-me não quero que fiques chateada comigo!

Eu respondi:
-Não estou.

É verdade, não estou chateada com ela, estou chateada comigo. Estou revoltada porque não me conheço. Há alguns meses os meus amigos elogiavam-me por eu ser uma pessoa versátil, com facilidade de se adaptar às mudanças.
A verdade é que não o sou!

 Ou melhor, sou apenas quando estou na minha zona de conforto, quando no final do dia posso ir para a minha casinha; adormecer aconchegada com o loiro a abraçar-me e a dar-me beijinhos no pescoço; quando chego do meu adorado trabalho e passeio o meu Scottinho; quando vou à minha terra aos fins de semana estar com os meus Pais, visitar a minha sobrinha ou então ficando em Lisboa vou jantar com os meus amigos.

No fundo a força, a resiliência não é minha. 

A grande verdade é que nos últimos anos tenho um grupo de pessoas fantásticas que me ajudam a ultrapassar as crises e problemas da vida. 
Não foi sempre assim, acho que houve alturas em que estava rodeada de pessoas que não o querendo não eram assim tão boas para mim e que por isso deprimia. Com o tempo consegui seleccionar para continuar com os que interessam, adaptar-me melhor a outros dos que me rodeiam de forma a ter relações mais saudáveis e cresci! Neste processo de envelhecimento dei comigo a viver a vida que em criança quereria ter um dia.

É claro que custa ter de mudar, as mudanças fazem-nos questionar se ainda seremos a pessoa que éramos, especialmente quando tudo muda. O País, a profissão, a casa onde vivo, as pessoas de quem estou rodeada. Cheguei à conclusão que sim, ainda sou a mesma, mas que sem os que me rodeiam não sou nada. 




A Persistência da Memória, de Salvador Dali. (Um dos meus pintores preferidos)




Tese e Desafios

Eu acho que me tinha esquecido como é começar algo.  Tive o mesmo trabalho por 10 anos, aprendi imensas coisas lá, mas com o tempo habi...