Na preparação do meu casamento com o loiro descobri muito rápido o que para mim era necessário e o que era acessório.
Claro que sofri um grande golpe com a perda do meu Pai e só consigo pensar no dia como uma ocasião agridoce em que ele não estará. Logo ele que andava tão entusiasmado com os planos! Ainda assim, viver este tipo de ligação com o loiro e com Deus é algo que quero muito.
Uma das coisas em relação à qual eu não estou ainda decidida é a questão de ter despedida de solteira, se uma em Portugal e outra cá, se só uma lá, se nenhuma.
Há coisas que sei que não gosto. Para ser honesta acho as despedidas de solteira uma foleirice. Mas a ideia de ir sair com os meus amigos é sempre agradável e uma coisa mais simples não está totalmente fora do plano.
Já o Loiro decidiu que não quer festa de despedida de solteiro. Eu tentei convencê-lo a ter pelo menos uma mini despedida de solteiro com os irmãos ou assim:
...
Eu- Mas tens a certeza que não queres mesmo?
Loiro- Tenho!
Eu- Mas porquê?!! Tens a certeza que não te vais arrepender?
Loiro- Tenho. Casar não é uma coisa má, por isso não faz sentido que a pessoa se tenha de despedir de ser solteiro.
Nesta última frase ele relembrou-me duas das coisas que realmente me apaixonam nele. O facto de ele pensar sempre pela cabeça dele até ao mais ínfimo detalhe e a segurança com que abarca cada uma das suas decisões depois de tomada.
Não acredito que só o amor seja suficiente para manter uma relação, tem de haver mais. Tem de haver comprometimento, compatibilidade, tolerância, admiração, atracção, objectivos partilhados, responsabilidade...
Mas no amor tudo deve ser mais fácil, se exige muito esforço para resultar não é a sério.
E sinto isso em relação ao loiro. Sinto que torna a vida fácil.
Ao lado dele mesmo os momentos mais amargos perdem um bocadinho da amargura porque me sinto entendida e acompanhada.
Amor é isto!
É sentir mais saudade dos momentos rotineiros que dos fantásticos.
É saber que no fundo mais importante do que a viagem ou o que se faz é a pessoa que nos acompanha.
O loiro ensina-me todos os dias que os amores espectaculares não pertencem só nas páginas dum livro, mas podem ser criados por pessoas de carne e osso, com falhas e qualidades, por pessoas reais como eu e Ele.